terça-feira, 15 de novembro de 2016

Desenho Técnico

SISTEMAS DE PROJEÇÕES ORTOGONAIS.

Ângulos Diedros
A representação de objetos tridimensionais por meio de desenhos
bidimensionais, utilizando projeções ortogonais, foi idealizada por Gaspar Monge no
século XVIII. O sistema de representação criado por Gaspar Monge é denominado
Geometria Descritiva.
Considerando os planos vertical e horizontal prolongados além de suas
interseções, como mostra a Figura 3.1, dividiremos o espaço em quatro ângulos
diedros (que tem duas faces). Os quatros ângulos são numerados no sentido
anti-horário, e denominados 1º, 2º, 3º, e 4º Diedros.

Utilizando os princípios da Geometria Descritiva, pode-se, mediante figuras
planas, representar formas espaciais utilizando os rebatimentos de qualquer um dos
quatro diedros.
Entretanto, para viabilizar o desenvolvimento industrial e facilitar o exercício
da engenharia, foi necessário normalizar uma linguagem que, a nível internacional,
simplifica o intercâmbio de informações tecnológicas.
Assim, a partir dos princípios da Geometria Descritiva, as normas de Desenho
Técnico fixaram a utilização das projeções ortogonais somente pelos 1º e 3º diedros,
criando pelas normas internacionais dois sistemas para representação de peças:
• sistema de projeções ortogonais pelo 1º diedro
• sistema de projeções ortogonais pelo 3º diedro
O uso de um ou do outro sistema dependerá das normas adotadas por cada
país. Por exemplo, nos Estados Unidos da América (USA) é mais difundido o uso do
3º diedro; nos países europeus é mais difundido o uso do 1º diedro.
No Brasil é mais utilizado o 1º diedro, porém, nas indústrias oriundas dos
USA, da Inglaterra e do Japão, poderão aparecer desenhos representados no 3º
diedro.
Como as normas internacionais convencionaram, para o desenho técnico, o
uso dos 1º e 3º diedros é importante a familiarização com os dois sistemas de
representação.
A interpretação errônea de um desenho técnico poderá causar grandes
prejuízos.
Projeções Ortogonais pelo 1º Diedro

As projeções feitas em qualquer plano do 1º diedro seguem um princípio básico que determina que o objeto a ser representado deverá estar entre o observador e o plano de projeção, conforme mostra a Figura 3.2.
A partir daí, considerando o objeto imóvel no espaço, o observador pode vê-lo por seis direções diferentes, obtendo seis vistas da peça. Ou seja, aplicando o princípio básico em seis planos circundando a peça, obtemos, de acordo com as normas internacionais, as vistas principais no 1º diedro.
Para serem denominadas vistas principais, as projeções têm de ser obtidas
em planos perpendiculares entre si e paralelos dois a dois, formando uma caixa.
A Figura 3.3 mostra a peça circundada pelos seis planos principais, que
posteriormente são rebatidos de modo a se transformarem em um único plano. Cada
face se movimenta 90º em relação à outra.

A projeção que aparece no plano 1(Plano vertical de origem do 1º diedro) é
sempre chamada de vista de frente.
Em relação à posição da vista de frente, aplicando o princípio básico do 1º
diedro, nos outros planos de projeção resultam nas seguintes vistas:
• Plano 1 – Vista de Frente ou Elevação – mostra a projeção frontal do
objeto.
• Plano 2 – Vista Superior ou Planta – mostra a projeção do objeto visto
por cima.
• Plano 3 – Vista Lateral Esquerda ou Perfil – mostra o objeto visto pelo
lado esquerdo.
• Plano 4 – Vista Lateral Direita – mostra o objeto visto pelo lado direito.
• Plano 5 – Vista Inferior – mostra o objeto sendo visto pelo lado de baixo.
• Plano 6 – Vista Posterior – mostra o objeto sendo visto por trás.
A padronização dos sentidos de rebatimentos dos planos de projeção garante
que no 1º diedro as vistas sempre terão as mesmas posições relativas.
Ou seja, os rebatimentos normalizados para o 1º diedro mantêm,em relação à
vista de frente, as seguintes posições:
• a vista de cima fica em baixo;
• a vista de baixo fica em cima;
• a vista da esquerda fica à direita;
• a vista da direita fica à esquerda.
Talvez o entendimento fique mais simples, raciocinando-se com o
tombamento do objeto. O resultado será o mesmo se for dado ao objeto o mesmo
rebatimento dado aos planos de projeção.
A figura 3.4 mostra o tombamento do objeto.Comparando com o resultado das vistas resultantes
dos rebatimentos dos planos de projeção, pode-se observar:
• O lado superior do objeto aparece em baixo e o inferior em cima, ambos em relação à posição
frente.
• O lado esquerdo do objeto aparece à direita da posição de frente, enquanto o lado direito
está à esquerda do lado da frente.


A Figura 3.5 mostra o desenho final das seis vistas.
Observe que não são colocados os nomes das vistas, bem como não aparecem as linhas de limite dos planos de projeções.
É importante olhar para o desenho sabendo que as vistas, apesar de serem desenhos bidimensionais, representam o mesmo objeto visto por diversas posições.
Com a consciência de que em cada vista existe uma terceira dimensão escondida pela projeção ortogonal; partindo da posição definida pela vista de frente e sabendo a disposição final convencionada para as outras vistas, é possível
entender os tombos (rebatimentos) efetuados no objeto.
Outra conseqüência da forma normalizada para obtenção das vistas principais
do 1º diedro é que as vistas são alinhadas horizontalmente e verticalmente.

Para facilitar a elaboração de esboços, como as distâncias entre as vistas devem ser visualmente iguais, pode-se relacionar as dimensões do objeto nas diversas vistas, conforme mostra a Figura 3.6.
Verticalmente relacionamseas dimensões de comprimento, horizontalmente
relacionam-se as dimensões de altura e os arcos transferem as dimensões de largura.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Painel Semântico.


PAINEL SEMÂNTICO



O Painel Semântico ou Mood Board, busca imagens e características que simbolizam o aspecto que quer se dar ao produto em desenvolvimento. Ele é uma espécie de quadros com imagens, referências visuais, cores, formas, texturas, conceitos, etc...
O Painel Semântico é construído no decorrer do projeto, pode conter textos explicativos por cima das imagens, ou grupo de imagens. Ele  é uma colagem de idéias, inspiração para qualquer trabalho de Design.



Vamos sitar um exemplo para a elaboração do Painel, se o produto que se está desenvolvendo for utilizado em trabalhos pesados, tendo como característica a durabilidade, deve ter aspecto robusto e forte, se o produto for utilizado para trabalhos complexos, intelectuais seu aspecto deve ser sóbrio e  eficiente, se for criado para se mover rapidamente, deve ter o aspecto liso e aerodinâmico.


Inspire, Crie, Pire....

domingo, 6 de novembro de 2016

Continuando o projeto no Design: Conceito do Produto.

Nesta fase de desenvolvimento, devemos tecer críticas sobre o conceito proposto para o produto, analisar a real necessidade, seu uso, quais as chances no mercado-alvo. Analisar a viabilidade para produção, investimento necessário. Elaborar pesquisas que mostrem sua evolução no mercado, analisar produtos concorrentes ( Benchmarking ).



A realização de uma pesquisa sobre produtos concorrentes através de comparações é essencial, pois apontará vantagens, desvantagens, problemas, soluções. Quanto mais elaborado e detalhado for esta pesquisa, mais informações teremos para se chegar a forma e função ideal para o produto.


       

sábado, 5 de novembro de 2016

Etapas do projeto no Design: Briefing

Briefing.


Se o Papa simplesmente tivesse pedido a Michelangelo para pintar o teto da Capela Sistina, dificilmente teria conseguido esse resultado.

O Papa Júlio II dirigiu a criação de Michelangelo explicando que desejava algo que celebrasse e santificasse a glória do Senhor. Do mesmo modo, as melhores criações se originam de um briefing claro e bem focado.
Um briefing pode inspirar o pessoal da Criação, apelando para os impulsos estratégicos que todo bom criador possui. Um briefing claro e bem focado estimula o pensar para além do ordinário.

 Brieing é um conjunto de informações ou uma coleta de dados passados em uma reunião para o desenvolvimento de um trabalho ou documento.
O briefing no desenvolvimento de um novo produto parte de um objetivo, que é delineado por determinadas informações que direcionam o foco do trabalho, é o documento chave no desenvolvimento do projeto de acordo com as necessidades do cliente e do usuário.
Ele é o ponto inicial para se chegar ao conceito do produto.




Não existem regras para elaboração de um briefing, mas é necessário conter as informações necessárias para a compreensão do projeto.
O sucesso de um produto está diretamente relacionado à construção de um Briefing completo, claro e objetivo. Isto porque, o Briefing é o documento de apoio para a avaliação das etapas de desenvolvimento e do protótipo final. Através dele, é possível se verificar os quesitos propostos e compará-los com os resultados alcançados.
Este documento é fundamental para a elaboração de orçamento e para uma análise prévia de viabilidade.
O sucesso do produto está diretamente relacionado a  um briefing bem elaborado, de maneira clara e objetiva.

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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Princípios conceituais do Design.

O termo Design tem origem inglesa, e se refere tanto a ideia de desígnio, intenção, quanto a configuração e estrutura. A origem mais remota vem do latim designare, verbo que abrange ambos os sentidos, o de designar e o de desenhar.
O Design é a fusão de dois níveis: atribuir uma forma material a um conceito intelectual!


























Fazer Design é realizar projetos estudando a relação usuário / produto. O Designer projeta os aspectos do objeto que tem contato com o usuário, atendendo as necessidades do mesmo.


Durante a fase de desenvolvimento do produto, o designer precisa considerar questões importantes, como a visibilidade, conforto, estética, utilidade, função, e estar em sintonia com a engenharia, para que o produto seja realmente eficiente.
Fatores como a evolução ou mutação das necessidades e desejos, avanços científicos, estéticos de acordo com as tendências do momento, também são importantes.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Vamos falar um pouco sobre Design de Produtos?


Design Industrial.
design industrial, também denominado design de produto, trabalha com a criação e produção de objetos e produtos tridimensionais com foco para usufruto humano ou animal.
Um designer de produto lidará essencialmente com o desenvolvimento e produção de bens de consumo ligados à vida quotidiana, como mobiliário, eletrodoméstico, automóveis, etc, assim como a produção de bens de capital, como máquinas, motores e peças em geral.

                                     Caneta Bic: Exemplo clássico de um design de produto.


Exemplo Clássico de Design de Produto.
Existiam dois polos que dividiam os Designers, no seu modo de projetar ou conceber um produto:

Design Acima da Linha.
Os Designers que seguem esta vertente, são os que se utilizam da arte, da forma, das linhas.

Design Abaixo da Linha.
Estes profissionais estão mais ligados aos aspectos funcionais, estruturais e ergonômicos.

Para um produto bem desenvolvido e competitivo no mercado, necessitamos de utilizar estas duas linhas de raciocínio, ou seja, queremos um produto, funcional, de fácil fabricação, e bonito, pois ainda compramos com os olhos!